2008/07/31

:)


Letra nos olhares

Joker, sem dúvida

Eu, que adoro vilões fortes, que ouço e trauteio todos os dias a Marcha Imperial, que torço por eles quando são mesmo muito bons, tenho duas palavras (já gastas por todo o lado mas muito bem empregues) apenas: óscar póstumo.

2008/07/30

Verde...*

Branco como a divina curva, salpicada pelo castanho claro,
na perfeição de um quadro de mestre.
Amarelo como as ondas do tempo perdido e almejado,
acariciando a serenidade num olhar ao pôr-do-sol.
Azul como a distracção abstracta de um mar,
Que te envolve e despe, numa suavidade ímpar.

*... como a última a finar. :)

Etiquetas:

Batman/Joker


Vou finalmente ver o filme tão esperado dos últimos tempos... Ou será o papel mais esperado? Enfim, pela primeira vez o foco principal saiu efectivamente do Batman para o grande vilão, sendo frequente a pergunta "Queres ir ver o Joker?", por tudo de bom e de mau que o envolve.
Só tenho pena de ir tão expectante por tudo o que já ouvi ou li sobre o filme, quando isso acontece é recorrente apanhar as maiores decepções cinematográficas de sempre. Mas vamos ver, eu normalmente gosto mais do dark side e tudo, pode ser que me seduza.
Se for efectivamente muito bom já sei que vou sair da sala de cinema com o meu lado jokeresco bem afinado. Assimilo sempre características dos vilões fortes, especialmente quando muito maquiavélicos, portanto se se notar no meu olhar, é porque Heath Ledger foi realmente excelente. eheheheh

Amanhã direi se me tornei ou não um Joker muito mau. :)

Sessão das 21 no DV. Quem quiser apareça.

Etiquetas:

2008/07/27

Curiosidades


A música que a minha mãe me cantava quando era mais piccolinha. :)

26/07/1998


Aniversário do meu Benfiquista favorito. :)

Etiquetas:

Coisas a Partilhar Contigo I

Etiquetas:

2008/07/25

Momento OST



Letra nos olhares

ML Revisited

Hoje sou uma crente cepticamente inveterada. Gosto do melhor e de lutar por isso, tal como é. Como gostar deve ser, assim, porque é o que queremos, com o lado bom e o mau, sem mudar um pormenor sequer na existência concebida por nós e para nós como perfeita. Sem mudar um traço benigno ou maldade intrínseca, na curva de um ponto assim delineado, não de outra forma qualquer. Se fosse diferente, já não seria como eu gosto, mas outra coisa com outro nome, outra aparência, outra razão que não a minha. Como gostar deve ser, seja “let you eat the last piece of cheesecake way” (e quem é aficcionado em tal maravilha sabe que isso significa muuuuito), ou “set you free (way)”, ou qualquer outra forma pacífica, calma, e tranquila, como toda vida deve seguir, sem os absurdos problemas mesquinhos, frutos de uma concepção obsessiva desta luta (muitas vezes apenas pelo poder e conquista, esquecendo o “algo mais nobre” realmente significativo). Tornaram-me uma guerreira, nem sempre o fui, mas sempre o serei. Aguento já com mais firmeza os inimigos sedentos de algo cuja nomeação manchará o discurso que me vergam os joelhos, agarram os cabelos e baixam a cara. Olho-os de frente, agarro-os pelas mãos, enfrento-os sem hesitar muito. Não sei onde vou chegar, ou quando parar, mas sei o que quero, e, nessa jornada, ninguém me irá prender.

Etiquetas:

Benfiquices

Quique Flores diz que o Benfica é um "clube adormecido". Vá, então sempre há esperança que alguém com o seu toque real venha, e liberte a criatura enfeitiçada a época passada num sono muito, muito profundo. Seja desta!

Caminho para o Jardim IV

“Deixando o jardim aparado e provisões para uns dias, o jardineiro tirou umas férias do cuidado prestado durante meses àquelas plantas, flores e árvores, do maior ao mais pequeno ser naquele paraíso terrestre. Rigel tem então, agora, o seu primeiro grande teste de planta madura, crescida, tendo de aguentar, sozinho, os dias que se avizinham, à primeira vista sombrios e frios, mas que poderão ser bastante úteis para superar a grande barreira que lhe falta – tirar as talas que o limitam, superando-se. No meio daquele tapete agora verde, sem ervas daninhas, o nosso pequeno pé de amora vê-se entregue por momentos ao desespero, desacreditando a força que efectivamente tinha ganho, ao crescer saudável e seguro. Tinha sido plantado por deuses, criaturas imunes aos problemas mesquinhos de humanos, com uma sensibilidade diferente e uma harmonia perfeita. Transmitiram para a plantinha todo o saber de anos de guerras e tempestades que tinham passado em ferozes combates, em tempos remotos, separados, dando-lhe a liberdade para crescer sã e feliz, no seu espaço, sem que os pequenos obstáculos a assustassem, ou pusessem em perigo a sua existência. Nunca tinha sido, por isso, problemático, depressivo ou mesquinho, sentia-se bem, tranquilo e calmo e como sempre, não se iria deixar sucumbir, com certeza, à primeira grande provação.
Levantou então a cabeça, trauteando o “Don’t Panic”, dos Coldplay, música que ouvia na companhia do jardineiro, profissional agarrado sempre a um pequeno rádio, criando a banda sonora dos seus encontros, e da sua vida. Fechou os olhos, e imaginou-se na sua aventura diária, em busca do líquido mágico, na posse do Munch, que vivia preso em armadilhas de pensamentos, com uma nuvem negra, quase como a de um adolescente complicado. Sabia que em confronto directo, as magias e artes místicas de uma paz e confiança divinas transmitidas pelos pais, dariam a Rigel a força para vencer, mas tinha ainda um longo percurso, e o pé de amora, como sempre, tinha sido forte para escolher o mais arriscado, mas mais prazeiroso também.
Tendo então prosseguido o caminho que já conhecemos, Rigel vê-se parado, a estabilizar a respiração, rodeado de vegetação densa, cujo final não consegue ainda discernir. Sem entender o porquê, no meio de mangueiras e fortes plantas tropicais, cujo nome nem consegue dizer, coexistem fetos e pinheiros mansos, arbustos de um clima muito diferente, revelando que tudo é possível para um pequeno pé de amora. Decide dar um passo de cada vez, sem se preocupar com o que virá a seguir, crente que quando tiver de decidir, saberá sozinho escolher o único lado que o levará ao paraíso, e que não o deixará morrer. Recorda os momentos em que a ajuda da lagartixa e de outros seres, dos quais se tornara, ao longo da sua vida, muito amigo, e a força dos deuses foram essenciais para continuar em frente, mesmo quando , angustiado, olhava para trás freneticamente, pronto a fugir dali o mais rápido que pudesse. Agradecia enquanto levantava a raíz dura para prosseguir mais um metro, mais uma etapa, indiferente aos olhos que, no meio da imensidão o fitavam. Não fora assim que o haviam criado, e não desapontaria ninguém.”

Etiquetas:

2008/07/22

I'm Yours

O Meu Pópó

Não gosto de condutores de domingo e definitivamente tenho pavor daqueles que fazem toda a rotunda por fora. Dois acidentes, nunca por culpa minha, um sequestro, uma fuga de um grupo de encapuçados, a destruição de um dos lados do meu C3 lindo numa noite, estacionado na R do Br, e quatro anos de convivência desenvolveram em mim um certo amor intrínseco por ele, dando-me vontade de usá-lo bem. Gosto de me sentir a Lara Croft ao volante, de acelerar e ser ágil, na cidade principalmente. Quando estou sozinha, de cabelo apanhado, decotes absurdos, neste pôr-do-sol lindo de Verão dá-me ainda mais satisfação vestir a personagem e fintar os que me rodeiam, sem pôr ninguém em perigo como é óbvio. Talvez por gostar de acção, não gosto de conduzir com alguém ao meu lado, por temer mais pelo co-piloto, nem de camiões no meu caminho. Enfim, hoje ao percorrer a nacional até à Pousada City lembrei-me disto. Partilhei.

Etiquetas:

The Good and the Evil*



*residentes vitalícios em cada um de nós. (iiihihihihih - com o teu melhor riso maquiavélico)

Etiquetas:

Tem de ser...

Parabéns à recém-empresária! Que Outros Critérios seja próspera e que nos empregue a todos daqui a uns anos. :) (Brincadeirinha, Fi.)
Beijo grande!

2008/07/21

Probabilidades

2006 - Concerto esgotado no Coliseu de Lisboa
22 Julho 2008 - Concerto esgotado na Casa da Música do Porto

Qual a probabilidade de uma das nossas bandas favoritas tocar ao vivo, gratuitamente, para quem quiser ouvir, na Praia de Ipanema??? :(

Verão OST

...


DR
Sentiste o vento que por aqui passou apressado?
Deu com o nariz na porta daquele cadeado
louco que nos trancou cá dentro,
deste labirinto maluco onde, no centro,
mora um feroz ser cabeçudo.

Atroz, envolve-nos numa nuvem,
alucinogénica, atira-nos para o mundo,
de um cogumelo apanhado selvagem,
onde pára o tempo e mais profundo,
é o coração que a pensativa imagem.

Vagueamos pelo bafo quente dessa besta,
enfeitiçados no aroma silvestre que exalam,
sebes e tapetes nessas calorosas paredes,
que nos colam as mãos e os lábios selam.

E eis que perdidos nos encontramos,
longe do tempo conhecido e apreciado,
por gente comezinha e sem tocante voz,
anti-heróis, figurantes esquecidos, nunca nós.

Etiquetas:

2008/07/20

XI Limpinho

Passada uma semana finalmente consegui ter tempo para tirar a praia que ficou no meu carro, acumulada ao longo de 10 dias de férias, fantásticos, pela costa vincentina e algarve. Difícil será, contudo, limpar a areia que fica sempre, entranhada, da qual não me quero separar.

Etiquetas:

...

Isto :)

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Fernando Pessoa

2008/07/19

Sem ti.

Nunca o chão que piso ardeu tanto sob os meus pés,
cansados do trilho traçado ao calor do Sol.
Nunca o ar que respiro neste lugar foi tão pesado,
indesejado bafo do dragão que maldigo sem pensar.
Nunca o vazio do tempo foi tão denso,
cheio pela multidão silenciosa dos sentimentos.
Nunca o Mar esteve tão longe, e tão perto,
de ver surgir o horizonte, no meu luar.

Etiquetas:

2008/07/16

Calma OST 2

Caminho para o Jardim III

“Afastado do mundo dos sonhos por uns tempos, onde o encontrámos pela última vez, Rigel andou entretido na época de podas e cuidados especiais para o seu crescimento. Nessa altura, adorava entrar sem ser visto nas brincadeiras dos filhos do jardineiro que, no Verão, acompanhavam o pai na demanda por um espaço mais bonito, mais seguro, sem ervas daninhas ou fetos secos que ameacem o seu futuro. Pensava em si como o melhor guarda-redes nos jogos de bola, como o melhor guerreiro intergaláctico, fosse isso o que fosse, naquele palavreado que não reconhecia como português, com poderes que nem sabe de onde vieram. Não interessava. Entrava sempre seja que personagem fosse, mais ou menos esquisita, naquelas histórias que o deixavam estafado ao ponto de cair num sono profundo assim que caia a noite. Adorava sentir o carinho com o qual o tratavam, ao acariciar com um produto refrescante cada folhinha, bamboleando-se discretamente, com os olhos fechados. Era feliz, assim, crescia sempre mais.

Passados os cuidados, Rigel voltava então a sonhar. Ontem andava perdido num bosque denso, profundo, com dois caminhos pela frente, sem ajuda ou dica que facilitasse a sua escolha. As únicas certezas que tinha era que por um, o caminho era mais curto, mas o vale final mais vazio e nebuloso, e por outro, continuaria a aventura, podendo cair do precipício terrível do horrível Munch (vilão único nas aventuras da brava plantinha, representante do grande carvalho velho e seco que poderia, um dia, enfraquecê-lo por negligência do jardineiro), mas, ao mesmo tempo, encontrar o atalho seguro para o líquido mágico, que o tornaria inquebrável, e salvaria o jardim. Parado, procurou em vão o olhar atento de alguém que pudesse assegurar a sua decisão, evitando o grande tombo que, no pior caso, estaria à sua espera. Mas a escolha seria só dele. Lembrou então os grandes mestres, pensando na coragem daqueles que, há muitos anos, fizeram história. Sorriu pela experiência ganha nas horas nocturnas a ler, dos poemas aos grandes romances, onde encontrava entre as palavras o conforto necessário a cada momento. Agarrou-se a Pessoa, para quem “tudo vale a pena se a alma não é pequena”, e a dele não era com certeza, queria crescer, e ia lutar por isso. Recordou ainda que como deus deu ao Mar o abismo e o perigo, espelhando nele também o céu, assim seria a sua busca, por um outro Mar, “invisível aos olhos”. Ergueu os olhos num movimento determinado, seguindo pelo misterioso percurso, que o podia condenar ao mesmo tempo à morte, e a uma vida grandiosa. Não queria ser um mero pé de amora, de raízes fixas num vale verde seco, calmo, mas atrofiado pela certeza que não poderia crescer. Via-se grande, forte e firme. E assim, arriscou.”

Etiquetas:

2008/07/15

Metáfora

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa

2008/07/01

Presente Lusitano