Se é possível morrer por amor? hmmmm Concordo com o Arqueólogo Moura (:)); a amar, deve-se amar a vida, o oposto da morte. Eu amo a vida da mesma forma que amo alguém, forte e incondicionalmente. Não acho que o amor seja algo meramente desenvolvido, construído. Por essa ordem de ideias podias facilmente começar a amar alguém só porque sim, porque forçaste. Aquele amor que te levanta do chão, que te faz rir à gargalhada de manhã ao acordar às quatro da madrugada (ou outra hora menos própria: P), que te faz flutuar, que te faz pular de felicidade não é algo que se constrói, mas sim é algo inexplicável, que surge, sentes e não sabes muito bem porquê. Se assim não fosse, porque vemos tantas pessoas a amar imenso alguém que não as trata da melhor forma? E porque teríamos amores únicos e duradouros que teimam em manter-se, mesmo que as pessoas em questão queiram por tudo seguir caminhos diferentes? Ainda ontem me diziam "as relações não são fáceis", e o "para sempre" muitas vezes torna-se num "enquanto durar”, e que “muitas vezes as pessoas preferem viver sem amor do que lutar por ele”. Claro que contentarmo-nos em “gostar de alguém” e viver assim é mais fácil, mas com certeza não será feliz.
Tudo o que envolve sentimentos entre duas ou mais pessoas é bastante complicado e muitas vezes conflituoso. É necessária uma grande dose de compreensão, paciência, tolerância, flexibilidade e, acima de tudo, é preciso saber perdoar e não nos prendermos a erros do passado, que nos impeçam de viver o presente da melhor forma. Sempre que não for possível remendar algo que por uma ou outra razão foi danificado, temos de fazer o luto (sem achar que isso é algo fora no normal ou que nos vá matar), chorar, curar as feridas e viver o presente. O que não nos mata, torna-nos mais fortes (dizem-me isso todas as semanas), portanto amar faz-nos aguentar tudo, mesmo a iminência da morte (espiritual, física, emocional, etc). Lamento discordar contigo, Quim, mas é muito mais fácil controlar a dor do que o amor.
O sentimento cinematográfico (de paixões ardentes e cor de rosas e loucuras diárias) fica mesmo por aí, na tela, a realidade é muito diferente. Mas mesmo assim, mesmo que o amor nos traga dissabores, ou que nós próprios tomemos decisões completamente erradas na vida e nos sintamos perdidos no meio do caos que criamos, temos de aprender acima de tudo a ter calma, parar para ouvir o nosso interior, e nunca mas nunca perder a coragem e vontade de lutar por algo que nos faça realmente felizes.
E morrer por amor não existe… O que move o Mundo é Viver por Amor.