2007/02/04

Perdemos a Coragem?

Ontem, à conversa com uma amiga, descobri que, com o passar do tempo, as pessoas vão ficando mais acomodadas e perdendo a vontade de lutar até pela felicidade. Vão dando prioridade a coisas como o conforto de um sofá, de uma casa bem equipada, de umas viagens de vez em quando, e esquecendo de amar realmente. Mas como ela questionava: não é preferível ir acampar com a pessoa que se ama do que ir ao Egipto com alguém que vai acabar por enfadar? Não é compreensível, como concordámos, mas acaba por ser aceitável, numa sociedade de consumo, onde a oferta é cada vez maior. Ter uma estabilidade financeira, um apartamento, um carro, a vida previsível e traçada, sem aventura, aos trinta, acaba por ser um forte guerreiro contra o qual dificilmente se consegue lutar unica e exclusivamente com a roupa que se traz no corpo e a genuinidade e energia interior. Supostamente, pensava que o amor não estaria à venda... e se calhar não está, mas as pessoas preferem viver sem ele a ter coragem. Será um mal geracional? Será que a malta dos eighties tambem será assim um dia mais tarde? Ou serei a utópica de sempre, que não consigo discernir a materialidade intrínseca nas pessoas? Caramba.


"Mesmo por toda a riqueza dos Xeiqes árabes, não te esquecerei um dia" Ainda faz sentido? Para mim faz... mas não devemos ser muitos.

4 Olhares:

Anonymous Anónimo :

È bem verdade o teu comentário,não acho que seja utópica a tua forma de pensar e de estar na vida,essa é a forma genuina de estar e de viver intensamente,loucos são os que desperdiçam a vida a troco de tão pouco
parafraseando fernando pessoa
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram,mas na intensidade com que acontecem.
Por isso,existem momentos inesqueciveis,coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"

12:22  
Anonymous Anónimo :

desculpa esqueci-me de me identificar embora a conversa de ontem tenha sido comigo e não desistas de ser como és ..LINDA

fadruxa madrinha

12:34  
Anonymous Anónimo :

nao acho que seja de todo utópica. na minha curta existencia e dessa maneira que levo a vida. e acredita vale bem a pena trocar os confortos de uma vida regalada em frente a um bom sofa uma quente lareira e um bom filme no home cinema, por uma tenda num parque de campismo frente ao mar com aquela pessoa pela qual lutamos. Nao e perder coragem nem acomodar, mas depois de estarmos com quem queremos, parar para desfrutar o bom da vida com quem se ama... vale a pena.
faz como eu: põe tudo o que és no minimo que fazes"

12:16  
Blogger Margarida :

é isso que faço. já perdi muito tempo a dar valor a tudo o que não tinha importância. Agora luto pelos momentos de paz, de tranquilidade, junto ao mar, em casa, em qualquer sítio, desde seja com (o) amor.

12:36  

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