2009/01/28
2009/01/27
...
É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...
Vinicius de Moraes
2009/01/25
Conexão Edimburgo - NY III
Os dias iam passando sem que voltasse aquela vontade de sair à rua e aproveitar as pints com os amigos ao final da tarde no Bobby’s, onde paravam imensos turistas ávidos de uma fotografia de um bem cuidado bar escocês. O inverno de Edimburgo também não convidava às saídas, a verdade era essa. A chuva podia tornar-se implacável e por mais que adorasse a cidade, reconhecia que, embora a neblina mística que a envolvia, tornasse ruas e jardins únicos e misteriosos, dignos de inolvidáveis cenários cinematográficos, ela não atraía a passeios naquela estação. Jamais entenderia também como conseguiam aquelas colegas e amigas que, em plena noite de graus negativos, saiam de casa como se morassem num país tropical, apenas com um casaco por cima, tudo pela feminilidade. Admirava-as, embora não fizessem de todo o género dele. Aliás, se ela conseguia antes trazê-lo livre e alegremente à rua, independente de qualquer adversidade, agora apenas uma razão restava: o futebol, fosse ele um dos protagonistas do jogo, ao qual se entregava ao ponto de chegar a casa com mazelas, que lhe mostrava orgulhoso pelo suor, pele e às vezes sangue dados pela equipa, ou mero espectador dos The Bhoys, que seguia com igual fervor e entusiasmo.
Particularmente neste inverno, entre um emprego que não o satisfazia, ao tempo que dedicava às grandes leituras para a tese que agora começava, ainda mais raros eram assim os momentos para outras correrias, que outrora perseguia com tanto vigor. Perdia-se entre a inércia das decisões diárias que julgava que subestimavam a sua formação académica, sempre à espera de algo melhor, e o reconhecimento da realidade cruel do crescimento para a idade adulta, que afasta amigos, colhe o tempo e turva a alegria. Nas divagações diárias, olhava frequentemente para a bússola deixada por ela, para trás, com a mensagem “encontra-te” escrita a dourado no objecto pequeno e muito trabalhado, como os usados pelos seus ancestrais para a descoberta do Mundo. Tinha o cunho das brincadeiras dela na sua existência, mas agora parecia tão sério, tão necessário, uma bússola, se não daquelas de outras quaisquer, que servisse na busca que ele próprio sentia como vital, do centro do labirinto que ele era. Não olhava para as fotografias dela, contudo, não porque não quisesse, mas, sentado normalmente na secretária, com o computador com vários gigas de sorrisos e felicidade, preferia deixá-las sempre na pasta fechada para não abrir distâncias e saudades. “Porque a saudade dói”, pensava, cada vez que a fraqueza a procurava à sua volta, tal qual uns lábios secos no deserto procuram a água que nunca mais chega. E essa dor, que muitos pensavam uma mera analogia a outras dores, era para ele igualmente penosa, física; calava as palavras deixando um nó doloroso na garganta, atingia o peito de tal forma que, um dia, havia ido a correr para o hospital, com medo que o terrível adiamento etário dos problemas cardíacos o tivesse atingido também. “É só um ataque de ansiedade, vá para casa e descanse”, avisou o médico, sem imaginar que não se descansa daquilo que nos persegue diariamente, nos invade a alma e corrói os pensamentos. Nesse dia, no caminho para casa, não entendia o que lhe acontecia; olhava para trás e via onde estavam os problemas que a afastaram e que, provavelmente, não a fariam voltar, mas não tinha como lhe ter dito algo diferente, ou fazer agora aquilo para o qual ainda não estava talhado, e nem sabia se alguma vez estaria, e essa mistura explosiva do querer e não conseguir eram um carrossel desgovernado, do qual a sua mente tentava escapar, em vão.
A verdade é que ele se sentia um Peter Pan, com medo de deixar o tempo seguir o seu rumo, evoluindo, e crescendo, imperturbável, e revelar marcas tão próprias da sua passagem, não só na cara que fica pesada ou o cabelo que cai, e que o faziam parecer cada vez mais com o pai. Mas até que ponto ele queria abrir os braços a um futuro que, cortando com o passado, o levaria a sítios tão desconhecidos e, ao mesmo, desafiantes, tendo de tocar nas raízes de infância, para tratar de outras? “O crescimento é um processo gradual, e, acreditando em si, encontrará o que procura”, dissera-lhe uma terapeuta, há alguns meses, quando ainda acreditava que esse poderia ser o caminho… três sessões chegaram para saber que estava nele o trilho a seguir, e desistir da especialista… restava saber apenas onde o encontrar.
Particularmente neste inverno, entre um emprego que não o satisfazia, ao tempo que dedicava às grandes leituras para a tese que agora começava, ainda mais raros eram assim os momentos para outras correrias, que outrora perseguia com tanto vigor. Perdia-se entre a inércia das decisões diárias que julgava que subestimavam a sua formação académica, sempre à espera de algo melhor, e o reconhecimento da realidade cruel do crescimento para a idade adulta, que afasta amigos, colhe o tempo e turva a alegria. Nas divagações diárias, olhava frequentemente para a bússola deixada por ela, para trás, com a mensagem “encontra-te” escrita a dourado no objecto pequeno e muito trabalhado, como os usados pelos seus ancestrais para a descoberta do Mundo. Tinha o cunho das brincadeiras dela na sua existência, mas agora parecia tão sério, tão necessário, uma bússola, se não daquelas de outras quaisquer, que servisse na busca que ele próprio sentia como vital, do centro do labirinto que ele era. Não olhava para as fotografias dela, contudo, não porque não quisesse, mas, sentado normalmente na secretária, com o computador com vários gigas de sorrisos e felicidade, preferia deixá-las sempre na pasta fechada para não abrir distâncias e saudades. “Porque a saudade dói”, pensava, cada vez que a fraqueza a procurava à sua volta, tal qual uns lábios secos no deserto procuram a água que nunca mais chega. E essa dor, que muitos pensavam uma mera analogia a outras dores, era para ele igualmente penosa, física; calava as palavras deixando um nó doloroso na garganta, atingia o peito de tal forma que, um dia, havia ido a correr para o hospital, com medo que o terrível adiamento etário dos problemas cardíacos o tivesse atingido também. “É só um ataque de ansiedade, vá para casa e descanse”, avisou o médico, sem imaginar que não se descansa daquilo que nos persegue diariamente, nos invade a alma e corrói os pensamentos. Nesse dia, no caminho para casa, não entendia o que lhe acontecia; olhava para trás e via onde estavam os problemas que a afastaram e que, provavelmente, não a fariam voltar, mas não tinha como lhe ter dito algo diferente, ou fazer agora aquilo para o qual ainda não estava talhado, e nem sabia se alguma vez estaria, e essa mistura explosiva do querer e não conseguir eram um carrossel desgovernado, do qual a sua mente tentava escapar, em vão.
A verdade é que ele se sentia um Peter Pan, com medo de deixar o tempo seguir o seu rumo, evoluindo, e crescendo, imperturbável, e revelar marcas tão próprias da sua passagem, não só na cara que fica pesada ou o cabelo que cai, e que o faziam parecer cada vez mais com o pai. Mas até que ponto ele queria abrir os braços a um futuro que, cortando com o passado, o levaria a sítios tão desconhecidos e, ao mesmo, desafiantes, tendo de tocar nas raízes de infância, para tratar de outras? “O crescimento é um processo gradual, e, acreditando em si, encontrará o que procura”, dissera-lhe uma terapeuta, há alguns meses, quando ainda acreditava que esse poderia ser o caminho… três sessões chegaram para saber que estava nele o trilho a seguir, e desistir da especialista… restava saber apenas onde o encontrar.
Etiquetas: Estórias Histórias Textos e Poesias
2009/01/16
Citações
"Embora o nosso intelecto sinta sempre uma inclinação para a evidência e para a certeza, a nossa mente sente, frequentemente, uma atracção pelo incerto. Em vez de tecer o seu percurso com o entendimento ao longo do estreito caminho das investigações filosóficas e das conclusões lógicas, de modo a, quase inconsciente, chegar a locais onde se sente uma estranha e onde parece separar-se de todos os objectos perfeitamente bem conhecidos, prefere permanecer com a imaginação nos reinos do acaso e da sorte. Em vez de ficar a viver além na indigência, revela-se aqui na riqueza das possibilidades. Animada desta maneira, a coragem toma então asas e o desafio e o perigo são o elemento no qual se lança tal como um nadador destemido se lança ao rio."
Carl von Clausewitz
2009/01/15
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"Entre muitas outras coisas, tu eras para mim uma janela através da qual podia ver as ruas. Sozinho não o podia fazer."
Franz Kafka
2009/01/13
Carta à Nostalgia da Areia
Reza a história, a minha, que não perturbará o rumo da História, essa sim, que molda o barro no qual vamos girando, que, no primeiro momento em que senti a areia, com meses ainda, estranhei, e bem, aqueles grãos secos, que faziam cócegas entre os meus dedos pequeninos dos pés. Perante a remota possibilidade da minha antipatia face àquela que seria para sempre um contínuo na minha vida, e fonte de energia dos meus progenitores, e mais tarde a minha, estes deram a batalha como vencida, mas nunca a guerra, mudando a estratégia de reconhecimento de terreno, para uma abordagem menos directa. Sentadinha com encosto, muito descansada a olhar o mar como sempre gostei de fazer, sem proferir palavra, em cima de uma toalha, inevitável seria a aproximação da areia à minha mão, muito despercebidamente, como se, num segundo, tivesse eu magicado aqueles grãos, que surgiram do nada. Foi paixão imediata. Desde então, grande parte do meu imaginário de criança tem como pano de fundo o horizonte azul, que a pouco e pouco fui entendendo, que vai abraçando, suavemente, a areia, na qual eu também adorava rebolar, pelas dunas, quando a minha (in)consciência ecológica ainda me permitia fazê-lo. Talvez tenha sido mesmo aí que desenvolvemos, eu e os meus primos, a capacidade criativa de traquinas que, sem os rebuscados utensílios que existem hoje, criavam histórias de astronautas, reis, pilotos de fórmula um, e tudo o que nos lembrássemos apenas pela transformação daquela matéria-prima em qualquer objecto que nos fosse imprescindível, desde naves espaciais elaboradíssimas, a castelos fantásticos (que, assumo, ainda hoje gosto de fazer). Lembro igualmente de como a minha ajuda na tarefa diária de puxar a rede, quando o sol ainda se mostra com todo o seu esplendor, mas já não ferve nas costas, era fundamental, no meio daqueles homens e crianças que se juntavam aos bois a tirar a pescaria do dia, a ser vendida mesmo ali (quando ainda não haviam essas instituições que com o intuito de ajudar, ferem tradições e colhem a genuinidade de alguns gestos só nossos). Assim que os pescadores, de pele bem bronzeada, boné muito encaixado e camisa de mangas dobradas até ao cotovelo, que fotografei com a minha retina, começavam a chamar, lá ia eu a correr, de onde estivesse, não fossem eles precisar de um ET, um Rei magnífico ou até de um Schumacher naquela tarefa. Ao me afastar da praia, quando o tempo muda, as folhas do Parque caiem e a areia fica fria, invejava em surdina aqueles que devotavam a vida àquela que eu adorava, permanecendo todo o ano, com a aparência de ser sempre Verão. Também eu desejava que a época estival nunca acabasse.
Hoje, já apenas uma só, coberta de agasalhos que o frio exige, com o sol tímido, que trespassa intermitentemente um vento pacifista, fecho os olhos e penso que tudo o que quero está ali, comigo, naquele banco de madeira salpicado de areia, reflectido no laranja do astro que adormece, e que olha, encostado a mim, o horizonte azul. Sem palavras, só assim. Tudo.
Hoje, já apenas uma só, coberta de agasalhos que o frio exige, com o sol tímido, que trespassa intermitentemente um vento pacifista, fecho os olhos e penso que tudo o que quero está ali, comigo, naquele banco de madeira salpicado de areia, reflectido no laranja do astro que adormece, e que olha, encostado a mim, o horizonte azul. Sem palavras, só assim. Tudo.
Etiquetas: Cartas
2009/01/10
Citações
"'Para que serve viver? Tudo é vão! Viver é trilhar palha. Viver, é consumir-se sem se aquecer.'
Estas cantilenas gastas passam ainda por sabedoria; quanto mais velha mais cheira a bafio, mais honrada é. A podridão é também um título de nobreza.
Para as crianças é que é bom falar assim! Receiam o lume porque nele se queimaram. Há muita infantilidade nos antigos livros da sabedoria!
E o que trilha eternamentente palha, com que direito troça de quantos manejam o mangal? Seria preciso amordaçar tais loucos, - os que se sentam à mesa sem levar nada, nem sequer um bom apetite, e que blasfemam em seguida: 'Tudo é vão'.
Mas comer bem e beber bem, ó meus irmãos, é uma arte que não tem nada de vão. Quebrai, eu vos conjuro, quebrai as tábuas desses eternos descontentes!"
Estas cantilenas gastas passam ainda por sabedoria; quanto mais velha mais cheira a bafio, mais honrada é. A podridão é também um título de nobreza.
Para as crianças é que é bom falar assim! Receiam o lume porque nele se queimaram. Há muita infantilidade nos antigos livros da sabedoria!
E o que trilha eternamentente palha, com que direito troça de quantos manejam o mangal? Seria preciso amordaçar tais loucos, - os que se sentam à mesa sem levar nada, nem sequer um bom apetite, e que blasfemam em seguida: 'Tudo é vão'.
Mas comer bem e beber bem, ó meus irmãos, é uma arte que não tem nada de vão. Quebrai, eu vos conjuro, quebrai as tábuas desses eternos descontentes!"
Friedrich Nietzsche
2009/01/06
2009/01/05
Artestrelinha em Segundos Conhecidos
O Escape tem na lista mais uns segundos conhecidos, desta vez da Estrela, fiel companheira, amiga, colega de carteira daquelas aulas de mestrado, às vezes intermináveis. :P Dêem uma vista de olhos e descubram os dotes desta artista. :) Qualquer contacto façam-no através do mail que ela indica. Desfrutem!
E Boa Sorte, Estrelinha!
E Boa Sorte, Estrelinha!
2009/01/04
2008.2009
Fotos: TES,RC,ML
Mais uma vez aos ausentes, aos presentes, aos que estão sempre comigo de alguma forma, excelente 2009 para todos!
Etiquetas: Fotos
Asas I
RC
Era uma vez, num mundo muito distante, onde o chão é fofo e doce como o algodão que ela costumava comer nos arraiais populares quando era pequena e o céu, de dia, está sempre azul clarinho como a mais bela aguarela e à noite a Orion é a eterna rainha, dois seres que passavam os dias a rir, à gargalhada, tal qual quem nunca conheceu o temor das nuvens negras ou o frio das noites solitárias. Eram belas estas criaturas, com uns olhos grandes, com os quais viam longe e certeiro, enxergando claramente todas as cores do arco-íris, do outro lado do seu mundinho dourado. Tinham umas asas grandes, lindas, enfeitadas com pérolas dos deuses, muito brilhantes e leves, quase imperceptíveis ao olhar humano, mas que eles conheciam de cor e apontavam de olhos fechados. Com uma tez morena e umas vestes brancas, luminosas, quando apareciam o mundo parava para olhar a alegria que jorrava dos sorrisos contagiosos que transbordava da felicidade que sentiam juntos. Tudo era tranquilidade à volta deles, como se fossem uma energia só, prontos a viciar os outros de bem-estar. De manhã, costumavam voar até ao horizonte perdido, abraçados, usando cada um apenas uma asa, num voo de uma simbiose assustadora, até perderem a força e ficarem sentados, a descansar, conversando sobre tudo o que existisse, e, por vezes, até o que não existia era criado por eles. Quem olhasse ao longe, parecia ver apenas um, da perfeição de movimentos que ganharam do hábito de voar juntos. Muitos também tapavam a cara para não ver, dizendo com toda a franqueza, com medo de que, a qualquer momento, um balançar mais brusco os fizesse cair redondos no chão. Nunca tal acontecera, pelo menos não no tempo em que ela os conhecera, pelo menos não aí, não por voarem. Mas um dia, daqueles em que todos eram aconselhados a ficar no seu lar, fechados, porque forças maiores abririam buracos que só os mais experientes sabiam reconhecer e fechar, eles decidiram encontrar-se, no mesmo ponto de encontro, para passarem mais aquele obstáculo juntos. No auge da força da necessidade absoluta da união, não mediram o perigo e, a um bater de asas de se encontrarem, um forte clarão rompeu o chão e sugou-os fortemente, para uma atmosfera em que as suas asas eram inúteis, e os seus parcos conhecimentos de magia em vão. Ao fundo, uma paisagem, salpicada de verde no meio de um azul escuro, parecia ser demasiado dura para eles, que anteviam um fim doloroso na queda. Agarraram as mãos como se naquele segundo estivesse todo o tempo que estiveram juntos, e todo o que poderiam ainda estar, sentindo pelo menos a força de ficarem assim até ao fim. Mas, num segundo clarão, quase como se fosse propositado, são separados para terras distantes, verdes diferentes, com demasiado azul entre ambos, caindo num estrondo só, uma pancada feia, fatal para o comum dos mortais. Mas eles não o são... Ela caíra onde o tempo fica frio, e as folhas bicudas, parecidas com as agulhas que usavam lá em cima, de umas árvores pontiagudas, muito altas e temíveis, lhe abriram feridas nas costas infligindo uma dor aguda ao bater no chão, ele, longe, onde a visão se perde e o sol queima ardentemente, com a força de mil incêndios se debaixo dele, rodeado de bichos coloridos, e outros de aparência agressiva, que sentiu demasiado próximos na queda. Atordoados, abrem os olhos, silenciam para sempre as gargalhadas, e vêem a asa partida, uma apenas, a que não usavam nos voos a dois, sabendo que, nesse instante, iniciariam a busca da sua vida: encontrar a que lhes falta, sem a qual serão incapazes de “voar” novamente…
Etiquetas: Estórias Histórias Textos e Poesias
2009/01/03
Citação para 2009
"As forças do homem não são concebidas como uma orquestra. No homem é necessário que todos os instrumentos toquem constantemente com toda a sua força. Não foram destinados a ouvidos humanos e não dispõem da duração de uma noite de concerto durante a qual cada instrumento pode esperar para se fazer valer.
Por vezes parece que as coisas serão assim: tu tens tal tarefa a cumprir, dispões de tantas forças quantas são necessárias para a levar a bom termo (nem muito, nem muito pouco, sem dúvida te é necessário concentrares-te, mas não tens que estar ansioso), com bastante tempo teu e boa vontade para o trabalho, onde está o obstáculo ao êxito da imensa tarefa? Não percas tempo a procurá-lo, talvez não exista."
Por vezes parece que as coisas serão assim: tu tens tal tarefa a cumprir, dispões de tantas forças quantas são necessárias para a levar a bom termo (nem muito, nem muito pouco, sem dúvida te é necessário concentrares-te, mas não tens que estar ansioso), com bastante tempo teu e boa vontade para o trabalho, onde está o obstáculo ao êxito da imensa tarefa? Não percas tempo a procurá-lo, talvez não exista."
Franz Kafka
Bom ano! Força!