2008/03/19

...

Falam da dificuldade de ser regado a alegria,
de tons vivos nas paredes nocturnas,
de um olhar quente numa manhã enublada.
Falam do medo de fins anunciados,
da morte arroxeada, caída de repente,
da escuridão de um poço sem fundo.
Falam do horror a fantasmas de passados,
sombrios e erróneos, únicos na sua verdade,
vividos com vibrante temor e arrependimento.
Falem-me das nuvens negras, carregadas,
e de alucinações de monstros assassinos...
Mas enquanto puder aproveitar o dia,
envolvida pelo calor polar dos trópicos,
estarei viva, segura e bem.

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