Caminho para o Jardim VI
Levantou-se de um só salto, como se o caminho ardesse, impossível de aguentar já, debaixo das suas raízes demasiado cansadas. Era forte, mas ainda não tinha maturidade suficiente para ser o mais sensato possível, e desatou a correr, tentando deixar a batidas suspeitas o rumo da sua história. Esqueceu o que lhe haviam ensinado, esqueceu quanto esperavam dele, que fosse grande, e único, melhor até, e meteu-se pelo caminho que, aos poucos, se tornou escuro e doentio, perdendo a cada passo a visibilidade. Naquele instante percebeu o quanto tinha errado, mas não havia nada a fazer. De repente, como se a morte o assombrasse, escorrega e sente-se impotente na queda cujo final temia, tentando agarrar-se freneticamente às falésias do precipício.
Com os olhos fechados, pálpebras inquietas, Rigel sofria o maior pesadelo que tinha tido naquela aventura até hoje. Uma questão agora surgia na sua mente, invadida por flashes de toda uma existência e luta constante: Conseguiria sobreviver?
Com os olhos fechados, pálpebras inquietas, Rigel sofria o maior pesadelo que tinha tido naquela aventura até hoje. Uma questão agora surgia na sua mente, invadida por flashes de toda uma existência e luta constante: Conseguiria sobreviver?
Etiquetas: Estórias Histórias Textos e Poesias
2 Olhares:
Ao invés de se perguntar "Conseguiria sobreviver?", ele deveria se focar em outra questão: "valeu a pena?"
Rigel pergunta-se se conseguiria sobreviver... Quem o plantou poderá perguntar se valeu a pena... a autora dá o passo em frente e prefere nem colocar essas questões. Siga pra bingo, como costumamos dizer. :)
O poeta é o fingidor... :)
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