2007/12/18

A Pausa.

Olhas o vulto à tua frente,
reflexo no espelho baço do pó dos anos,
e não te reconheces.
Tocas a linha que a tua face descaída
desenha na imagem daquilo que eras,
e não te sentes.
Inspiras o ar pesado que te rodeia,
num suspiro forte como a tua vida,
e fechas os olhos,
cerras os lábios,
libertas as paixões.
Esperavas ter chegado finalmente
ao oásis que sabes que te aguarda.
Levantas a cara, ergues-te com firmeza,
derrotaram-te na batalha,
mas a guerra...
essa vencê-la-ás com destreza.

Etiquetas: