2007/11/03

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O escritor é um solitário. Vive encarcerado em mundos tenebrosos de ideias e emoções. Cria resistências intransponíveis à realidade, tornando-a um acto perfeito de uma história muito bem escrita.
As pessoas passam por ele mas não o vêem, não o sentem, não o vivem. E o escritor vagueia pelos passos dados lentamente, da história, que torna estória, da sua vida. Perde-se nos seus pensamentos, que ninguém conhece. Fantasia os seus ideais, tornando-os farsa irreais, desleais, máscaras de tudo o que acredita.
O escritor não se pode aprender. Apenas ler. Retirar das palavras a sua vida, descobrir nas entrelinhas onde ele “está”, onde ele “é”. Assim, o leitor conhecerá alguém que nunca viu… quando este não o finta.

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