Cunhas e Contra-Cunhas?
Neste país, há coisas que para mim continuam a ser completamente hilariantes. Há algumas semanas concorri para um desses estágios profissionais, do PEPAL (Programa de Estágios Profissionais na Administração Local), em Castanheira de Pêra. O programa pedia alguém na área das Relações Económicas e Comunicação, sendo eu de RI, com o CENJOR, e já tendo estagiado na área da comunicação em dois locais diferentes, decidi tentar a minha sorte. É verdade que todos a quem dizia que tinha concorrido me alertavam para o facto desses estágios serem normalmente predestinados para alguém. Eu, muito utópica, achei que se calhar era diferente. Bem, quando saíram os resultados, apenas duas pessoas foram admitidas, um com o mesmo apelido da presidente da Comissão (coincidência? Espero bem que sim, não quero por em questão a credibilidade da senhora) e outra menina com um nome muito grande. Eu fui excluída, obviamente, por não ter uma licenciatura específica no que pediam, embora tenha mais do que uma área de formação nesse sentido. Isso não interessa. Mais uma vez “obviamente”.
Gostava tanto de ver que as "cunhas" nem sempre funcionam e que as mentalidades estão a mudar em Portugal. Mas infelizmente, não parece que tal aconteça nos próximos anos. Aguardarei.
Gostava tanto de ver que as "cunhas" nem sempre funcionam e que as mentalidades estão a mudar em Portugal. Mas infelizmente, não parece que tal aconteça nos próximos anos. Aguardarei.
posted by Margarida at 11:38
3 Olhares:
´Deve haver qualquer coisa de errado no assunto colocado.
È que pelo que sei, ambas as pessoas que entraram NÃO SÃO DE CASTANHEIRA DE PER e NÂO TEEM RELACIONAMENTOS familiares seja com quem for desta zona.
PorquÊ essa Revolta?
Entendo e acredito, que muitas vezes funciona o factor cunha, mas parece-me que desta vez não há razãio para tal revolta, amiga.
Um abraço,
F.Lopo
Bom dia, de novo.
Como deve ter precebid, sou uma pessoa que não gosto de deixar os assuntos a meio.
Como Jornalista, o seu comentário sobre os Concursos em Castanheira de Pera, despertaram-me a curiosidade e tentei "investigar".
Soube então que as pessoas que já entraram nada teem a ver com a área de Relações Económicas e Comunicação.
Soube também que só hoje, dia 09 de Abril de 2007, se vai proceder ás entrevistas obrigatórias.
Por último, soube ainda que a menina, foi excluida por não ter, de facto, Licenciatura na área mencionada, ou seja: - Não estava de acordo com os requesitos necessários para poder fazzer parte do grupo d entrevistados que posteriormente poderiam, ou não; ficar em Castanheira de Pera como Estagiários.
Por tudo quanto disse, mantenho o que disse já primeira intervenção: - É que as Jovens que entraram já como Estagiárias "NÃO SÃO DE CASTANHEIRA DE PERA e NÂO TEEM RELACIONAMENTOS familiares seja com quem for desta zona.
È pena de facto quando sentimos que não conseguimos o que queremos, e que tanto lutamos: O primeiro emprego.
Mas desta vez, parece-me que a memina só se pode queixar de si própria.
Ou não será assim?
Um abraço,
Filipe Lopo
Como disse, poderia ser uma coincidência e ainda bem que assim foi. Referi o caso de castanheira de pêra, pondo sempre a hipótese de ser coincidência, recordando ou lembrando outros casos em que, de facto, esse factor C foi determinante. Diz-me que as pessoas que entraram nada têm a ver com Relações Económicas e Comunicação, mas era esse o curso exigido. Devemos estar a falar de concursos diferentes, quanto mais não seja porque diz "as jovens que entraram" e neste caso foi admitido pelo menos um rapaz. Não ponho em questão, nem remeto o assunto para qualquer outro estágio aberto a concurso público.
Eu sabia de antemão que não tinha o curso específico, mas tenho mais do que uma formação nesse sentido como disse, quer em RI, quer no Cenjor. Não tenho de me queixar de mim própria, especialmente a partir do momento em que por vezes sou considerada demasiado qualificada para o primeiro emprego (seja ele qual for), e isso é que é de facto revoltante, quando tenho consciência que aprendi ainda muito pouco. E especialmente quando à minha volta os casos de "quem te indicou" são cada vez mais. Isso não pode negar.
Se tal não aconteceu em Castanheira de Pêra, só tenho a congratular a entidade.
Abraço
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