2007/09/02

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Não sou poeta nem escritor,
sou inventor.
Pego nas palavras, misturo-as,
e invento carrosséis,
ora coloridos e brilhantes,
com cavalos de sedosos cabelos,
ora cinzentos e sombrios,
mas, desenganem-se, não menos belos.
Pinto assim os meus dias,
enquanto o pincel delineia um olho redondo de madeira,
e eu recorto com motivos árabes os pilares que o sustenta.
Vou escovando o dorso de todos os potros,
tento tornar as figuras verdadeiras.
Tudo para que cada viagem seja saboreada,
como um momento único e inebriante,
por todos, para todos,
numa volta ora hilariante, ora singela.