2007/01/12

Caos

Queda. Da perspectiva a 200 km à hora decrescente tudo parece ilusório, irreal, sem lógica alguma, sem compreensão possível. Fio. A ligação ao mundo é fraca, inconstante e ansiosa. Sobreviver torna-se imperativo. Quente. Manter o lume com lenha suficiente para conseguirmos subir é agora vital. Ar. Largou-se todo o chão conhecido, mergulhou-se no desconhecido na esperança que algo mais fofo aparasse a descida. Agora, parado no ar, com um solo de areias movediças pronto a engolir-nos a qualquer momento, tudo é questionável, absurdo e revoltante. Paciência. A calma para aguardar o fim do precipício, onde um oásis refrescante está para nos revitalizar. Um qualquer?! Não. Aquele que almejamos. Amor. Uma força poderosa e invencível prende-nos ao fio, dá-nos calor, e esclarece qual o caminho a seguir até ao paraíso verdejante. Coração. Segue-o como uma bússola certeira! Pena. Quem a tem, são as galinhas!