Limpeza de pele
O Papa está finalmente na Turquia. Após vários dias de discussões e especulações lá anda ele por Ancara, todo contente. Hoje, na RTP, estavam a reportar esta visita, em muitos aspectos surreal, e é incrível a memória curta que temos para todas as situações que nos agradam menos, e se compara levianamente a república turca com a francesa, laica, onde há de facto "liberdade de expressão religiosa"... Alguém se lembra ainda da polémica contra o uso do véu islâmico?! Qual a diferença entre essa proibição e outras a cristãos? Parece-me igual. Mas continuando...
O Papa tenta agora limpar o currículo sujo que tem vindo a preservar enquanto cardeal e desde que assumiu o pontificado, ao proferir frases bonitas como considerar a entrada da Turquia na UE "um grande erro" ou as declarações polémicas sobre o islão, entre outras obviamente (porque este Papa é fértil em ideias brilhantes!). A averiguar pelas medidas de segurança, que mais parecem de um Estado sob ameaça de guerra, as autoridades turcas e o sr. ratzinger reconhecem o perigo de um tão ilustre servidor de Deus na Turquia. Para quem deveria acima de tudo e mais do que todos ser humilde como o "filho de deus", andar com atiradores especiais, brigadas de minas e armadilhas, polícia de intervenção e anti-terrorismo, helicópteros a sobre voar Istambul, Esmirna e Ancara, e fuzileiros em lanchas a patrulhar o Bósforo, é bastante irónico e dispendioso para uma operação de limpeza de fachada da igreja católica. Isto é para mim cada vez mais revoltante, embora entenda que um ataque ao Papa significaria um golpe ainda mais profundo entre religiões.
Não me parece contudo que esta visita vá apagar ou atenuar os ódios gerados pelo passado de Ratzinger. Aliás, custa-me muito acreditar como é que este senhor foi o escolhido para liderar a igreja católica. Mas mais do que não acreditar na igreja católica, custa-me entender porque é que a religião tem um peso tão grande na vida política nacional e internacional. O factor religioso enquanto factor de cisão entre povos é para mim realmente inaceitável, especialmente quando islamismo, cristianismo e judaísmo têm a mesma base, o mesmo fundamento, o mesmo deus, o mesmo anjo gabriel. Por mais polémico que isto possa parecer, apenas as interpretações da mesma base religiosa são diferentes, tal qual as línguas latinas, comuns mas com variações distintas pela evolução dos povos separados territorialmente.
O Papa tenta agora limpar o currículo sujo que tem vindo a preservar enquanto cardeal e desde que assumiu o pontificado, ao proferir frases bonitas como considerar a entrada da Turquia na UE "um grande erro" ou as declarações polémicas sobre o islão, entre outras obviamente (porque este Papa é fértil em ideias brilhantes!). A averiguar pelas medidas de segurança, que mais parecem de um Estado sob ameaça de guerra, as autoridades turcas e o sr. ratzinger reconhecem o perigo de um tão ilustre servidor de Deus na Turquia. Para quem deveria acima de tudo e mais do que todos ser humilde como o "filho de deus", andar com atiradores especiais, brigadas de minas e armadilhas, polícia de intervenção e anti-terrorismo, helicópteros a sobre voar Istambul, Esmirna e Ancara, e fuzileiros em lanchas a patrulhar o Bósforo, é bastante irónico e dispendioso para uma operação de limpeza de fachada da igreja católica. Isto é para mim cada vez mais revoltante, embora entenda que um ataque ao Papa significaria um golpe ainda mais profundo entre religiões.
Não me parece contudo que esta visita vá apagar ou atenuar os ódios gerados pelo passado de Ratzinger. Aliás, custa-me muito acreditar como é que este senhor foi o escolhido para liderar a igreja católica. Mas mais do que não acreditar na igreja católica, custa-me entender porque é que a religião tem um peso tão grande na vida política nacional e internacional. O factor religioso enquanto factor de cisão entre povos é para mim realmente inaceitável, especialmente quando islamismo, cristianismo e judaísmo têm a mesma base, o mesmo fundamento, o mesmo deus, o mesmo anjo gabriel. Por mais polémico que isto possa parecer, apenas as interpretações da mesma base religiosa são diferentes, tal qual as línguas latinas, comuns mas com variações distintas pela evolução dos povos separados territorialmente.
2 Olhares:
Muito bem. É muito difícil entender todos os meandros que relacionam de forma promíscua e inaceitável a igreja e a politica... Quanto ao facto da escolha de Ratzinger para chefe da igreja católica, reza a lenda que a quando da invasão da polónia pela Alemanha nazi, um jovem das SS (Ratzinger) apontava uma pistola a um jovem polaco (Karol Józef Wojtyła), quando deus apareceu e disse: -não dispares porque esse jovem ainda será papa. Ao que o jovem alemão perguntou: então e eu? E deus teve de prometer: - Tu serás a seguir.
Beijos grandes
:D:D Uma promessa paga pelos outros?!? Ah bom, assim é fácil.
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